O poeta chorou

Quando um poeta

Ouve que seu trabalho é um lixo

Sua tristeza o manifesta

Fica feroz como um bicho?

Quando um poeta

Se arrisca alguns versos de amor

Escuta ser nada além de palavras

No peito causa dor

Alguém me disse

Que meu poetar é coisa de momento

Que tudo um dia vai acabar

Quando for embora o sentimento

A lágrima cruzou minha face

Queria estar sonhando

Engoli o choro seco

Que no peito foi se alastrando

Uma de minhas obras

Chama “o poeta morto”

Será que entre os poetas

Sou um poeta “torto”

Torto por expressar a dor

Em versos de poesia

Pelas vezes agir na hipocrisia

Mas é isso que o poeta é...

Acho que eu estava a sonhar

Não existe poeta “torto”

Suas palavras não morrem

Mesmo quando for um poeta morto

Não quero ser aplaudido

Mas sim deixar a minha marca

Um poeta não esquecido

Mesmo que sejam versos sofridos

Eu sou assim e não posso mudar

E assim seguirei

Uma cena que imaginei

Me colocou a pensar

Não confunda o poeta com a poesia

Por vezes somos ela outras tantas não

Conheça primeiro a fantasia

Que vivem os poetas na ilusão

Hoje a cena me inspirou essa poesia

O poeta então chorou

Será que foi tudo sonho ou ilusão?

A poesia acabou

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Xande de Matos
Enviado por Xande de Matos em 06/01/2010
Reeditado em 18/02/2010
Código do texto: T2013634
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