A tragédia em Angra dos Reis 
 
Era uma festa só
Alegria, comemoração
Uma noite diferente das demais.
Sorrisos, troca de abraços.
Sonhos de um ano
Que se despontava
Como raios de sol
Se abrindo para o novo
Despertar da esperança
De dias melhores
De saúde, paz, felicidade...
 
Lá fora a chuva
Torrencialmente caia
Mas não afetava a alegria
Que dentro das casas se viam
Embora atrás das vidraças
Por trás das paredes
Muita água descia
Seguro se sentia.
De repente a terra cede
E como avalanche desce
E nada mais se vê
A não ser desespero
Gritos de uns,
Silêncio de outros
Entre entulhos, pedras
Terras e mais terras.
 
E assim, a festa
Transforma-se em tragédia
O sorriso dá lugar as lágrimas
A comemoração
Transforma-se num vale
De medo, terror e dor.
Assim, é nossa vida
Assim, são as histórias
Já escritas, que não podem
Ser mudadas. 
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 04/01/2010
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