Momento Obsoleto
Habituado a entender a todos,
Hoje me entrego ao vão,
Enfraquecido pela incapacidade,
Atordoado pela felicidade (dos outros),
Pergunto-me: ‘Que felicidade é essa?’
Rodeado de impostores inúteis
Onde a felicidade é nada mais que nada,
Agora me perco ao desalento,
Suspirando angústia e tristeza
Vejo que minha “felicidade” é sincera
Minha mágoa é passageira
E minha lágrima, que demora em cair
Mas quando o faz
É o suficiente para tocar o chão
Ou então, para fazer entender
Este momento obsoleto.
(primeiros poemas de 2008)