À TARDINHA

No silêncio da tarde,

ao longe, muito ao longe,

através dos campos

coloridos,

imensos,

silenciosos,

tranqüilos,

seguros,

ouve-se o badalar de um sino.

Seis horas da tarde...

Hora de prece,

de recolhimento,

de agradecimento,

de reconhecimento,

de meditação,

de espiritualização.

Os animais entendem;

calam-se,

abrigam-se,

aconchegam-se,

reconhecem,

agradecem.

E o homem?

Por que o homem se esquece

do ESPÍRITO?