A Equação
A mão move-se lentamente,
Conduzindo a caneta, diligente!
O pensamento, á velocidade da luz,
Busca ideias que a todos seduz!
E eu, jazendo aqui, indiferente,
Vou procurando a equação,
Que explicará finalmente,
Do meu desânimo uma razão!
Não traíste, estou consciente,
Estou certa, de certa estar,
Mas, como explico eu isso,
E digo ao coração, p'ra parar?
A lágrima teima em descer,
Numa torrente, qual rio,
Mas eu retenho-a, a valer,
E em vez disso, sorrio!
Engano-me esforçosamente,
Evitando sempre a comoção,
Mas de que serve a mentira,
Viver em meu coração??
Temo por mim a má Sorte,
De não saber distinguir,
Entre Amizade, Amor ou Ódio,
E de mim própria fugir!
Da infância nada me resta,
Da juventude, tudo se foi...
De mim, sobra o que não presta,
E essa realidade corrói!
A mão move-se lentamente,
Conduzindo a caneta, diligente!
O pensamento, á velocidade da luz,
Busca ideias que a todos seduz!
E eu, jazendo aqui, indiferente,
Vou procurando a equação,
Que explicará finalmente,
Do meu desânimo uma razão!
Não traíste, estou consciente,
Estou certa, de certa estar,
Mas, como explico eu isso,
E digo ao coração, p'ra parar?
A lágrima teima em descer,
Numa torrente, qual rio,
Mas eu retenho-a, a valer,
E em vez disso, sorrio!
Engano-me esforçosamente,
Evitando sempre a comoção,
Mas de que serve a mentira,
Viver em meu coração??
Temo por mim a má Sorte,
De não saber distinguir,
Entre Amizade, Amor ou Ódio,
E de mim própria fugir!
Da infância nada me resta,
Da juventude, tudo se foi...
De mim, sobra o que não presta,
E essa realidade corrói!