APOS O NATAL

Já não precisas de meu riso

nem sentes a força

de meus braços,

estas livres do fardo

que carregavas,

podes andar com tuas próprias pernas.

Rejeitastes-me na noite de natal

entregando-me nas mãos dos carrascos da cruz.

Quando as luzes do bairro se apagam

vejo um rastro de tristeza

teu cão ladra sob o portão da garagem

e cercas elétricas estalam

sobre teus muros dando- me Adeus.