A LÁGRIMA AMORTALHADA
Jáz retida dentro do peito,
A vontade da partida!
Permaneço, neste meu jeito,
Numa instância indefenida!
Não sei se fico ou se vou,
Nem se busco ou perco tudo!
Desgosto-me do que eu sou!
Acomodo-me e nada mudo!
Eu quisera ser banal,
Despreocupada, isso sim!
Fazer da vida um carnaval,
E não sofrer tanto assim!
Até a lágrima me evita,
Até ela me despreza,
Só minha sombra me visita,
Quando m'encontro indefesa!
Por favor, lágrima flui!
Sai do meu peito sofrido,
faz-me ser o que não fui,
chora por mim, eu não consigo!
Lava-me o rosto da poeira,
Que o Vento da Vida, lançou!
Escuta a prece derradeira!
Desta alma, que se findou!
Jáz retida dentro do peito,
A vontade da partida!
Permaneço, neste meu jeito,
Numa instância indefenida!
Não sei se fico ou se vou,
Nem se busco ou perco tudo!
Desgosto-me do que eu sou!
Acomodo-me e nada mudo!
Eu quisera ser banal,
Despreocupada, isso sim!
Fazer da vida um carnaval,
E não sofrer tanto assim!
Até a lágrima me evita,
Até ela me despreza,
Só minha sombra me visita,
Quando m'encontro indefesa!
Por favor, lágrima flui!
Sai do meu peito sofrido,
faz-me ser o que não fui,
chora por mim, eu não consigo!
Lava-me o rosto da poeira,
Que o Vento da Vida, lançou!
Escuta a prece derradeira!
Desta alma, que se findou!