Retalhos de Dor
Com olhos esbugalhados, no escuro
Procurei enxergar a verdade,
Mas colaram-se as palpebras,
Nunca enfrentarei a realidade!
Destas emoções esfarrapadas
Vive uma alma em tormento,
Que vive de palavras abandonadas,
Retém-nas, como seu sustento!
Sou a obra-Prima, não nascida
Da palette d'um pintor falhado,
A ele entregarei, minha vida!
Quando o dia tiver chegado!
Como tic-tac, dum relógio,
Em contagem decrescente,
Assim bate o meu coração,
Desempedido e ausente!
Lá fora as luzes da cidade,
Reflectem-se no rio, tal espelho
Apesar da sua beleza temporária,
É na noite, que tudo é belo!
Um sentimento de vazio, que dilacera,
Um arrepio de mágoa, que me abate!
Esta estrada, não me leva a Primavera
Esta incerteza gélida, soa a rebate!
Desconheço-me por fim,
Por esta imensidão de gente,
Nada já fala por mim,
Sou uma existência dormente!
Com olhos esbugalhados, no escuro
Procurei enxergar a verdade,
Mas colaram-se as palpebras,
Nunca enfrentarei a realidade!
Destas emoções esfarrapadas
Vive uma alma em tormento,
Que vive de palavras abandonadas,
Retém-nas, como seu sustento!
Sou a obra-Prima, não nascida
Da palette d'um pintor falhado,
A ele entregarei, minha vida!
Quando o dia tiver chegado!
Como tic-tac, dum relógio,
Em contagem decrescente,
Assim bate o meu coração,
Desempedido e ausente!
Lá fora as luzes da cidade,
Reflectem-se no rio, tal espelho
Apesar da sua beleza temporária,
É na noite, que tudo é belo!
Um sentimento de vazio, que dilacera,
Um arrepio de mágoa, que me abate!
Esta estrada, não me leva a Primavera
Esta incerteza gélida, soa a rebate!
Desconheço-me por fim,
Por esta imensidão de gente,
Nada já fala por mim,
Sou uma existência dormente!