O Vale Das Trevas
Num vale de uivos e ventos gélidos obscuros, erguidos na penumbra foi uma fortaleza; lugar este amaldiçoado.
O adro era adornado por estátuas estranhas de moribundos seres, sinistros eram os olhares seus de retorcidos rostos.
Uma reveladora inscrição jazia no pórtico desta fortaleza, “Aqui jaz o último anjo livre, rebelde”.Dizeres talhados na pedra,
Fortaleza do mal, onde a claridade tocara jamais, enegrecida há séculos uma torre lá dentro, de onde tácito um grito bramia sem cessar,
Ressoava num ritmo taciturno uma sinfonia de horrores, num torpe balé infame que alguns espectros insistiam em executar.
Espectral luta ali era travada a última, insólita.
Escarlate e lúgubre metamorfose foi no que se transformou este infernal sofrimento.
Uma quase celestial figura pairava sobre um pedestal marmóreo que jazia nos recônditos escuros deste lugar.
Este que outrora comandara parte do infinito é o Anjo Negro, criatura abscidada e maldita.
Interminável maldição agora ali jazia,
Criaturas ignóbeis o cercam, para que assim permaneça a pagar pelos crimes seus, imperdoáveis.
Anjo Negro abominável, até aonde Vaz com tuas tramas?
Numa tirania de prantos e padecer decadente infernal.
Her Doctor