Pernoite
Sigo meu destino estrada afora
Envolto em mistérios que dominam o meu eu...
A natureza em mim nada escreveu
Por isso em passos lentos fico a mercê das horas.
Percorro longos e desconhecidos caminhos
Apenas celebrando em êxtase o meu pensar...
As veredas por onde ando estão repletas de espinhos
E a noite sem brilho oprime o meu desejo de amar.
A solidão desafia o discorrer do tempo
Numa atmosfera em que fortes ventos
Açoitam uma madrugada fria e deserta.
Não há consolo nos degraus gélidos da noite,
Meus pensamentos divagam solitários em pernoite
Enquanto uma tênue esperança mantém as portas do meu coração abertas!