Não... não... não... por favor!...

Não... não... não... por favor!...

Nada mais quero ouvir de ciúme...

Sinto-me adorada, numa gaiola de ouro!

Sem sentir da vida o natural perfume!

Vendo o sol nascer entre as grades...

Do amor, que feliz da vida, me condena...

Tendo nos lábios palavras doces e amenas,

Juíz se faz, e decreta as mais duras penas!

Não... não ... não... por favor!...

Não posso mais viver numa redoma de vidro,

Não posso aceitar... vegetar apenas!...

Meu coração está ferido demais... aflito!...

Tantas vezes pedi... tantas implorei!

Não dá pra viver de dor e lágrimas...

Sou como a flor no duro rochedo...

Um pássaro que lhe cortaram as asas!

Tanto pedi, tanto implorei... expliquei...

Tantas e tantas vezes, afeto sincero jurei!

Que hoje sem forças, sem qualquer alegria,

Percebo que só me feri... e maltratei!...

O que fiz?... - Onde foi que errei?!...

Mary Trujillo

22.06.2006

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 20/07/2006
Código do texto: T198395
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