INTROSPECTA

Quedo -me silenciosa entre o ser e o não ser

desta existencia louca.

Procuro no recôndido do peito essa imagem,

figura impar a aquietar -me toda.

Margeada estrada no infinito azul perdida,

Trazendo no sol tão curta escalada.

Salpica no céu estrelado essa neblina

resplandece na noite em voz alada.

A arte do amar assim afasta a caminhada,

fenda triste represada na canção mal escolhida

No sorver da dor espande esse lamento,

Solidão frequente desta alma amargurada.

CRS 17.12.2009