A TROCA
Um corpo,
Em seu último gole de sanidade,
Derrama sobre o tapete,
O tom escarlate do fim.
Vejo-me deitado,
Afogado em vinho.
Sobre o leito de minha morte,
Vaga minh’alma libertada.
Vago por um mundo sombrio,
Sem trevas, nem luz.
A solidão talvez seja esse vazio,
Ou nesse vazio em que me encontro eu sinta a solidão.
O silencio é quase gritante.
As poucas vozes que ouço são soluços.
Se me perguntar o que fiz,
Apenas troquei com a morte,
A vida morta que eu vivia.