AS FERIDAS DE DRESDEN
Foi em crepúsculos distantes,
quando o mundo tinha gosto de morte,
que as negras águias detonantes,
surgiram furiosas sepultando o norte!
Os sons do inferno iluminaram a noite,
sufocando a inocência no chão,
milhões de bombas foram o açoite,
de um genocidio que não tem perdão!
Porque você bonita cidade,
teria que ter uma noite assim?
Não é legitima nenhuma maldade,
nem a covardia antecipando o fim!
Um dia todos sob o manto de Deus,
diremos sobre nossos atos tortos,
que olhos teriam diantes dos seus,
aquelas águias por tantos mortos?
A ti Dresden que qual fênix renascida,
guarda a ira sufocada lá atrás,
porque tão profunda e viva ferida,
não será esquecida em existência tão fugaz!
A saudade em preto e branco ficou,
quando silenciaram as águias lá em cima,
depois no oriente outra Dresden chorou,
no belo corpo inocente de Hiroxima!
xxeasxx