Sangue de Anjos como Gotas de Chuva
Eu nunca cheguei a saber que tudo estava fracassando
Que todos esperavam na fila para viver e morrer
Tudo esta se resumindo a nada mais que indiferença
E eu prefiro tentar outro caminho do que ficar para ver
Há sangue de anjos caindo como gotas de chuva.
Enquanto atravessamos um desfiladeiro
E me torno uma parte do passado de alguém
Me transformo no pedaço que não dura nada
Sem esforço algum, sem som, perdendo o chão
Nesse arremesso para ver qual coração vai mais longe
Não deixarei afundar até que tudo isso se queime
Enquanto seguro o fôlego, quase á morte, sorrindo
Rastejando como uma minhoca fugindo de um pássaro.
Pela milésima vez aqui vou eu, rastejando novamente
Arremessando um coração, a boca suja, sem desculpas
E eu sangro sem me importar se viverei mais
Cavei a trincheira e nele me deitei, olhar as estrelas
Deixando-me sangrar, palavras falsas num rio de lama
A morte rola em cada verso, dança pelas palavras
Como um rei, uma rainha morta da promessa.
Há uma nova pintura de rosto no carro funebre...
...Abri as feridas, renovei as cicatrizes
Farei você encarar tudo o que passei
Me arrastei até agora pela lama e sangue
Agora é sua vez de encarar minha vontade...