Sangue de Anjos como Gotas de Chuva

Eu nunca cheguei a saber que tudo estava fracassando

Que todos esperavam na fila para viver e morrer

Tudo esta se resumindo a nada mais que indiferença

E eu prefiro tentar outro caminho do que ficar para ver

Há sangue de anjos caindo como gotas de chuva.

Enquanto atravessamos um desfiladeiro

E me torno uma parte do passado de alguém

Me transformo no pedaço que não dura nada

Sem esforço algum, sem som, perdendo o chão

Nesse arremesso para ver qual coração vai mais longe

Não deixarei afundar até que tudo isso se queime

Enquanto seguro o fôlego, quase á morte, sorrindo

Rastejando como uma minhoca fugindo de um pássaro.

Pela milésima vez aqui vou eu, rastejando novamente

Arremessando um coração, a boca suja, sem desculpas

E eu sangro sem me importar se viverei mais

Cavei a trincheira e nele me deitei, olhar as estrelas

Deixando-me sangrar, palavras falsas num rio de lama

A morte rola em cada verso, dança pelas palavras

Como um rei, uma rainha morta da promessa.

Há uma nova pintura de rosto no carro funebre...

...Abri as feridas, renovei as cicatrizes

Farei você encarar tudo o que passei

Me arrastei até agora pela lama e sangue

Agora é sua vez de encarar minha vontade...

Markos Queiroz
Enviado por Markos Queiroz em 07/12/2009
Código do texto: T1964687
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