imagem - fonte: Google Brasil _ web
CANTE NO EXÍLIO, POETA
Onde estas Gonçalves Dias?
Estou ansioso por te encontrar.
As aves aqui já não podem cantar
e eu me refugio em poesias.
Hoje, ouvir um gorjear é difícil...
Ver um lindo revoar, impossível.
As asas que, hoje, ao céu cortam,
não são daquelas formosas aves
que um dia dizias que cantavam cá.
São de dantescas espaçonaves
que, as distâncias, agora, encurtam,
só pela ganância de gente má.
Os ruídos que, então, se ouvem,
não são mais da nossa rica natureza,
nem as crianças conhecem estilingue,
pois qualquer um sabe, com tristeza,
que só os gases que se emitem,
toda espécie de pássaro extingue.
Aqui, sobrevivem algumas palmeiras,
mas está morrendo o Sabiá,
de tanto maltrato e desencanto.
Poeta cafuzo, por Deus... não queiras
voltar, neste momento, para cá.
Só queremos, do exílio, ouvir o teu canto.
São Paulo-SP 17/11/09
CANTE NO EXÍLIO, POETA
Onde estas Gonçalves Dias?
Estou ansioso por te encontrar.
As aves aqui já não podem cantar
e eu me refugio em poesias.
Hoje, ouvir um gorjear é difícil...
Ver um lindo revoar, impossível.
As asas que, hoje, ao céu cortam,
não são daquelas formosas aves
que um dia dizias que cantavam cá.
São de dantescas espaçonaves
que, as distâncias, agora, encurtam,
só pela ganância de gente má.
Os ruídos que, então, se ouvem,
não são mais da nossa rica natureza,
nem as crianças conhecem estilingue,
pois qualquer um sabe, com tristeza,
que só os gases que se emitem,
toda espécie de pássaro extingue.
Aqui, sobrevivem algumas palmeiras,
mas está morrendo o Sabiá,
de tanto maltrato e desencanto.
Poeta cafuzo, por Deus... não queiras
voltar, neste momento, para cá.
Só queremos, do exílio, ouvir o teu canto.
São Paulo-SP 17/11/09