Jequitibá.

De repente na mata cessa o canto;

Faz silêncio, o vento sopra;

Anunciando a tempestade;

A noite chega como um manto;

Relâmpagos cortam o céu;

Bem perto o trovão ribomba;

A chuva cai como um véu;

E lava a natureza com seu pranto.

E o vento fica mais forte;

Domina com prepotência;

Ruge, parece que zomba;

Sacode com violência;

E o gigante da mata;

Estremece, grita e tomba;

Um raio certeiro o feriu;

Condenando-o a morte.

E quando a tormenta vai embora;

A mata parece que chora;

E a vida que dele vivia;

Geme, lamenta a sorte;

Pois perderam o abrigo;

Que nunca mais se erguerá;

Seu velho e forte amigo;

O grande jequitibá!

Madaja Dibithi

Madaja Dibithi
Enviado por Madaja Dibithi em 27/11/2009
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T1947430
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