De fé?
DE FÉ???
Hoje era preciso que eu confiasse
Que o ontem se danasse
Nesse mercado de mentiras
Nessa falta de apuros
Nesse qualquer engodo...
Tu vens das infernais profundezas
Depois de te terem sugado o plasma.. todos os demônios
Voltas..acabado, roto e fraco desse submundo...
Mas apesar de tantos subterrâneos
Fui eu..fui eu a ter imensa, furiosa e insana fé
Fui eu a esculpir essa fé nas pontiagudas e doridas pedras
Fui eu a pagar promessas penhorando ..minhas emoções...
Não vi os sinais tão vitais..acreditei em mentiras verdes demais
Você ultrapassa tudo..até e principalmente esse sofrer..essa quase morte...
Quais os mistérios?? Quais são eles meu Senhor?? Não seria crime pisar na flor??
Meu Deus..perdemo-nos? E tu podes me responder a quanto tempo??
Andam por aí travestidos de Armani aqueles que alimentam essa tua insana dor..
Caem por aí.. as menina flores..os homens já sem pudores...
Apodrecem-se os lares..as vidas..as fés .. rendem-se aos festins...
O rapaz esperança..quatro levou..
A mentira que aceito não cala em mim..
Ela volta horrorizada e recebe tijoladas
E responde em facas afiadas por demais..
Mas é muito..é muito e o Senhor sabe...
Mas parece-me meu Senhor, que tudo é lícito..
Desde que seja a conivência com o diabo...
Tudo fica rosa e azul bebê..
E beijar-lhe as felpudas patas ..é tudo o que se deve fazer..
Hoje você mente e não é mais a fortaleza de outrora...
E são tantas manhãs..atoladas nas desesperanças...
As tempestades tornam-se crianças e brincam tão somente
Com ares inocentes no maior e mais mortal pesadelo..real...
Dorothy Santos Carvalho
Goiânia-Goiás