Amar dói demais!

Queima como brasa acesa numa ferida aberta

meu estômago,

sinto um vulcão em labaredas dentro de mim

devorando-me inteira.

O chão de novo se partiu numa imensa cratera

o deserto está mais seco que outrora,

vago em busca de poça de água barrenta

e não vejo nada,

só uma imensa estrada seca,

se foi novamente e novamente estou aqui com essa ausência monstruosa,

o rumo certo se foi neste labirinto,

partiu em vários pedaços a taça de minha alma,

sinto-me num vale escuro, sombrio, assustador!

Não cometerei o suicídio,

nem estarei a me embebedar em mesas de botequim

extravasarei toda dor e angústia em contos,

crônicas e poesias

enquanto vago só, neste sombrio deserto

neste vale submerso em tédio e agonia

não quero nenhuma explicação

para o óbvio,

amar dó demais!

Lu Maximo
Enviado por Lu Maximo em 22/11/2009
Código do texto: T1938477
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.