POR TUDO QUE EU NUNCA TIVE...

Por tudo que eu nunca tive...

Por tudo que eu nunca terei...

Ainda haverei de ser livre...

Dos grilhões, ainda haverei!

Que o amor descompensado

São elos partidos de corrente

E todo sentimento impensado

(Cortando a alma da gente)...

É um brilho tão mais sofrido!

E mais ferrenho, os grilhões...

E corre o pranto, mais dolorido...

Em pingos de fel, aos milhões!...

Por que tanto dissabor em sentir?

Esses elos que unem as almas?

É o medo, enfim, de vê-los partir...

É sopro de pétalas nas palmas!...