TRISTEZA DÁ E PASSA!
Quanta tristeza existe em um adeus
Planos refeitos e tudo que se prometeu
Corrente quebrada, partida sem volta
Ferida sangrando na dor e na revolta
Laços desfeitos dentro de cada peito
Sonhos abatidos virando pesadelos...
Mágoas, ressentimentos, dor intensa
Onde antes só havia amor e respeito
Se um dos lados tenta colar os cacos
Há tantos estragos, dores, fragmentos
Ao amar sozinho e arrumar pretextos
Nada nos consola, assolam os lamentos
Lágrimas rolam e a tudo encharcam
O grande sofrer iguala-nos aos fracos
Mas de hora em hora, Deus melhora
Serão lembranças que irão embora...
E não vai ficar mais escuro que meia-noite
Talvez superada a madrugada e os açoites
Uma coisa é certa: o amor não se implora
Há que existir de forma plena e integral
E não tente jamais colocar meias solas...
Mas o que prospera, por fim é a solidão
Como um bicho-papão que a tudo devora!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes