BARRANCOS
BARRANCOS
A propósito da Lei aprovada na Assembléia da
República Portuguesa em 2002, que permite a
matança de touros em Barrancos, localidade do
Alentejo fronteiriça à Espanha.
Hoje, um dia, que bem poderia,
A todos os portugueses enobrecer,
Ficou-se pela decepção:
Tíbios representantes desta nação
Contribuíram para abrir a ferida,
Ao referendar a permissão
De práticas bárbaras,
Contra indefesos animais.
O bom nome de portugueses, tantos,
Despenhou-se em Barrancos.
Ainda bem que Portugal
Não é feito só de Barrancos,
Mas a pátria de heróis e de santos
Que levaram o Evangelho e a civilização
A outros povos, tantos!...
Agora, por um vil troféu,
Fazem-se coisas que brada ao céu.
Que se cultivem tradições
Do bom gosto e do honor,
Dignas do passado de nossas gentes.
Vamos amar os seres diferentes
Pois também eles sofrem e sentem dor.
Não façamos do horror o espetáculo,
Mostremos ao mundo, que, sobretudo,
Nós somos a civilização do amor.