ESTUPRO

Sinto a vida sair de minhas entranhas ...

desvirginando meu coração,

estuprando minha mente...

Dói comparável a um parto.

Sofro !

Não reajo !!

Minha estima amputada de mim...

Sinto-me indigna de existir...

Não me reconheço...

Acreditei ter encontrado a plenitude

do verbo amar,

agora,

vens com teus ferrões,

escaramuça,

deixa fundas feridas...

Sentes alegria em violentar-me,

oprimir-me...

Estás cego às emoções,

trazendo farpas de insolência no olhar,

e morte aos sentimentos,

em tuas frias palavras...

qual grandes patas,

pisoteiam aleatoriamente...

Não percebendo o rastro de estragos

que deixas em mim...

Má Oliveira
Enviado por Má Oliveira em 12/07/2006
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