ECOS

Sem amor e sem esperança

Lancei-me ao mar,

Mergulhar era preciso.

Porém não consegui

Meu coração acalmar.

Molhada e trêmula,

Deitei-me na praia,

Veio a luz do sol

Prá me afagar.

Era o carinho

Que me restava,

Saldo de uma vida

Que desandava.

Exausta adormeci.

Ao som de uma voz

Que vinha do vento,

Estremeci.

Acurando o ouvido,

Percebi

O que ela dizia:

"Voooolta, ainda te amoooo"!

Resolvi ir andando

Ao sabor do sol

E do vento

Buscando alento.

A voz insistia:

Voooooolta,

Voooooolta!

Então entendi:

Eram ecos

Do meu pensamento.

zaque
Enviado por zaque em 14/11/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1923304