OBSTINADO DESAMOR

Não quis amar meu coração e nem pensar em me inserir;

Achou por bem fingir que nada via de um muito que eu fiz;

Pra me fazer feliz teria que notar meu existir;

Porém de mim vive a fugir, deixando a minha vida por um triz!

Corou de indiferença a minha lua constrangida;

Jogou vinagre na ferida e dilatou artérias transtornadas;

Amedrontou meu sol com trovoadas, vedou todas as saídas;

E viu diminuídas minhas arritmias tão exageradas!

Forçou meu corpo a lacrimejar por sudorese;

E sustentou a tese que bem fazia em todo o mal a me fazer;

Levando meu outono a entristecer no entardecer de sua prece;

Transbordação que ainda desce pelas ladeiras do desprazer!

Olhou pro céu e não lembrou que o firmamento eu dei pra ela;

Dimensionou a chama de uma vela e nem com ela quis me iluminar;

Meu beijo lhe acariciou no banho de mar, cantei-lhe a canção mais bela;

Porém nem mesmo quis me olhar pela janela e se trancou pra não me amar!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/11/2009
Código do texto: T1923037
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