Poema Perturbado de Desespero
Ouça, menina, o motivo de meu pranto.
Estou demasiado triste e vou dizer o por quê.
Tentei, porém não pude, ser santo;
Não sei, mas acho que perdi você.
Não consegui controlar meus pensamentos
E por um tempo não consegui escrever.
Já agora nada sei de meus sentimentos
E talvez esteja prestesa te esquecer.
Talvez seja parte do Divino Castigo
Eu não ser capaz de, verdadeiramente, amar.
Talvez eu deva ser somente teu amigo,
Talvez em ti não devesse mais pensar.
Entendes, garota, que me sinto triste comigo?
Pois provei que, sobre mim, não tem domínio.
Entendes, menina, que estou triste contigo?
Pois não encontro mais em ti o fascínio.
O mundo em volta está diferente.
De onde saiu tanta gente?
De onde vem tais vozes sussurrando?
Quem são estes me aconselhando?
Chega! Estou ficando perturbado!
Sinto-me preso, acorrentado.
Não sinto mais a Presença, nem ouço a Voz
Daquele que sempre esteve perto de nós.
Sinto-me frio. Todos estão distantes.
Sinto-me morto. Não sou útil em nada.
Sinto-me louco. Não amo como antes,
Conformei-me com a vida estagnada.
Estou estranho, segundo você diz.
Tavez sim. Por coisas que fiz,
Que não fiz, que me fizeram,
Que não fizeram. Disseram, ou não disseram.
Cansei de mendigar o teu amor.
Cansei de mendigar amor qualquer.
Estou voltando a sentir a dor
Que sentia quando não tinha fé.
Voltei as costas pra Quem me acolheu
E agora é tarde pra pedir perdão.
Fui muito longe pra voltar. Sou só eu.
Continuo caminhado, prosseguindo em vão.
Não tenho motivos pra existir.
Simplesmente existo, só sei respirar.
Desde que vim parar aqui
Só desejo que Ele me possa perdoar.
Então, menina, agora podes ver.
Minha tristeza é apenas culpa minha.
Mas, de culpar alguém, eu tinha;
Então culpo a mim e a você.
William G. Sampaio [31/8/08]