Ódio, faminta de vingança
Ninguém viu minha inquietação,
E por mais perto, em nenhum momento,
Ouviram o gritar do meu coração,
Que o mundo apunhalava sem dó,
Descendo, às vezes eu me sentia descendo,
Embriagada, faminta de vingança,
Ninguém me viu passar, ninguém,
Em um labirinto escuro, eu sempre descendo,
Ninguém sentiu minha densa amargura,
Embriagada, de ódio profundo,
Nenhuma pessoa viu a vida negra que me seguia,
Passei num escuro silencio sozinha,
Tremendo, surda, alucinada, frenética,
Um ódio sanguinário acorrentado em mim,
Ninguém quis saber da minha cruz infernal,
Portanto, não sabem do meu ultimo suspiro,
Descendo, sem chance de subir, sempre descendo
Ninguém quis me parar, nenhum indivíduo,
O grito de dor se silenciou, acaba-se o mundo cinza,
Ninguém sabe falar da negra vida que por mim passou,
Daiane Garcia *eumesma
04 de Setembro de 2009