Ríspido e choroso
A ultima gota a secar a fonte,
O ultimo gole de saudade.
Fazem-se meras coincidências,
Com o ultimo sonho a ser sonhado.
Ríspido janeiro e os vendavais,
Choroso entre os montes,
Pelos limpos são imortais!
Deste me as rédeas, sonho louco,
Abrindo fendas em meu ser.
Deixaste-me atônito,
Nas noites sem luar...
Sem a luz de uma estrela guia,
Uma vaga consciência,
Um vaga-lume sequer!
Ao longe a ultima serra,
A se encerrar no meu olhar.
Então,
Não me furto do passado,
Não me prendo ao presente,
Inserto é o futuro!
Deste impiedoso tempo.
...........” Catarino Salvador “.