Ríspido e choroso

A ultima gota a secar a fonte,

O ultimo gole de saudade.

Fazem-se meras coincidências,

Com o ultimo sonho a ser sonhado.

Ríspido janeiro e os vendavais,

Choroso entre os montes,

Pelos limpos são imortais!

Deste me as rédeas, sonho louco,

Abrindo fendas em meu ser.

Deixaste-me atônito,

Nas noites sem luar...

Sem a luz de uma estrela guia,

Uma vaga consciência,

Um vaga-lume sequer!

Ao longe a ultima serra,

A se encerrar no meu olhar.

Então,

Não me furto do passado,

Não me prendo ao presente,

Inserto é o futuro!

Deste impiedoso tempo.

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 09/11/2009
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