O DESERTO
De crina ao vento,
Montada em cavalo guerreiro,
Sigo em fuga desenfreada,
numa louca cavalgada,
num deserto sombrio e cruel!
Por entre incontáveis grãos de areia,
Feitos de gentes e feições,
Tento descobrir por entre eles,
O bater dos nossos corações!
Nada oiço, nada sinto,
Para além do vento silvando,
Por entre meus dedos pendentes!
E termino a cavalgada,
Me abandono derrotada,
Esperando que as dunas me cubram,
Qual leve mortalha,
Sem tumba onde habitar!
Fui, o que não sou agora!
Sou, o que nunca quis ser!
Nada me ficou na Memória!
Apenas esta solitária Sombra ,
Em crua forma de Mulher!
De crina ao vento,
Montada em cavalo guerreiro,
Sigo em fuga desenfreada,
numa louca cavalgada,
num deserto sombrio e cruel!
Por entre incontáveis grãos de areia,
Feitos de gentes e feições,
Tento descobrir por entre eles,
O bater dos nossos corações!
Nada oiço, nada sinto,
Para além do vento silvando,
Por entre meus dedos pendentes!
E termino a cavalgada,
Me abandono derrotada,
Esperando que as dunas me cubram,
Qual leve mortalha,
Sem tumba onde habitar!
Fui, o que não sou agora!
Sou, o que nunca quis ser!
Nada me ficou na Memória!
Apenas esta solitária Sombra ,
Em crua forma de Mulher!