FINDA A NOITE, FIM DO MEU SOSSEGO

Finda a noite, fim do meu sossego.

Pardais desafinados trinam como de costume.

As cigarras anunciam que está próximo o verão.

Os cães ladram em alto volume

E engolir assim, a seco, o dia, dá indigestão.

Ah, se somente fossem essas

As desordens que traz a claridade,

Eu manteria minha promessa

De escrever poemas felizes,

Mas, agora, não teriam verdades,

Seriam apenas diretrizes,

Camuflagem de um desejo, sôfrego

Por disfarçar as cicatrizes.

Fim da noite, findo meu sossego.

Até as flores de doces perfumes

Provocam em mim terrível sensação.

Disfarçadas de belas, traz dentro um negrume,

Que deixa da morte, a impressão.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 07/11/2009
Reeditado em 12/07/2010
Código do texto: T1909712
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