O POETA QUE DEIXOU DE SORRIR

O poeta deixou de sorrir,

Abriu mão da pestana do olhar meigo.

Não viu mais o sol se abrir,

E se deu conta de que era mais um leigo.

Não compreendeu o código

Nem a mensagem entrelinhas.

Foi-se como filho pródigo,

Vendeu-se por poucas moedinhas.

Ele recitou todos seus versos,

Eram sempre muito lindos.

Avistou teus sonhos submersos,

E os pronunciou aos atentos ouvidos.

Suas mãos agora tremiam.

Não podia mais segurar a caneta tinteiro

Suas palavras somente gemiam.

Não era mais insistente como dantes o dia inteiro.

Não suportava a falta de uma rima,

Assim como sua fala por belas frases.

Não viu o novo mundo por um prisma,

Não conteve como tu tantas faces.

Viu surgir um sentimento negativo por todo o valor,

De tantas palavras deixadas ao relento.

Estamos no inverno que me venha a falta do teu calor.

Meu carinho continua vivo e se tornou um pouco mais lento.

Após a leitura, favor deixar críticas ou sugestões.

Obrigado.

Ednardo Max
Enviado por Ednardo Max em 08/07/2006
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T190210
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.