A MORTE DE UM SONHADOR POETA
A ti, a mais sublime entre as sublimes
A MORTE DE UM SONHADOR POETA
Li em tempos uma frase
Que dizia
Que quando morre o sonho
Morre a esperança
Quando morre a esperança
Já não há grandeza
Continuo a acreditar
Mas hoje uma parte de mim
Morreu
Quando da tua boca
Saíram palavras honestas
Que me estão a matar
Sinto que não acreditas
Na verdadeira dimensão do que sinto
Ou se acreditas
Não vez a amplitude de sentimentos
Que nunca tive
Nem quero ter por mais ninguém
E tal não lamento
Foste e és a primeira
E hei-de esperar por ti até à eternidade
Não acreditas
Mas esta é a minha mais pura verdade
Vi infernos
Na terra e nos céus
Venho de um lugar
Onde nada há
Nem mesmo Deus
Deixei de em tudo acreditar
Até DE por ti
Me apaixonar
Estive no paraíso
Voltei ao inferno
Porque o sonho tive de enterrar
Mas não me peças
Para apagar o futuro
Vivo nele
Porque nada tenho do presente
Pois ele para mim
É ausente
Gostava de gostar de ti
Apenas como amiga
Mas somente…
Não consigo
Numa terrível luta
Dentro de mim
Com resultado terrivelmente incerto
Deuses e demónios
Lutam pela minha alma
Que está no purgatório
Num deserto
Mas queria apenas dizer-te
Que te amo
Que te queria por perto
Nesta noite terrível
Em que morreu a minha força secreta
Nesta noite terrível
Que marca o início
D’
A morte do sonhador poeta