ESTILHAÇOS DE MÁGOAS
Sou meu próprio flagelo.
Minha alma repousa repleta de aflição,
sob estilhaços de mágoas,
dobra os joelhos em interminável perdição.
A agonia jogou seu manto escuro
sobre a minha mente confusa.
Teimo em não abrir os olhos
e deixo lá fora a claridade irritante.
A cada instante vivo um momento.
Sou um ator desempenhando seu melhor papel:
vítima de suas próprias faltas de escolha.
Finjo ser o que sou,
para não ser quem jamais fui.
Faço pesado tudo que é leve.
Torno um fardo o que deveria ser breve.
Sou uma vastidão complexa da imperfeição.
Sou meu próprio juiz e executor.