ESTILHAÇOS DE MÁGOAS

Sou meu próprio flagelo.

Minha alma repousa repleta de aflição,

sob estilhaços de mágoas,

dobra os joelhos em interminável perdição.

A agonia jogou seu manto escuro

sobre a minha mente confusa.

Teimo em não abrir os olhos

e deixo lá fora a claridade irritante.

A cada instante vivo um momento.

Sou um ator desempenhando seu melhor papel:

vítima de suas próprias faltas de escolha.

Finjo ser o que sou,

para não ser quem jamais fui.

Faço pesado tudo que é leve.

Torno um fardo o que deveria ser breve.

Sou uma vastidão complexa da imperfeição.

Sou meu próprio juiz e executor.

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 26/10/2009
Reeditado em 15/12/2009
Código do texto: T1887908
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