No portal das dores
Que é feito de mim ?
Que vago pela obscuridade,
Que já não sou amado, antes odiado,
Que não encontro o porto seguro,
Na tempestade que me tomou de assalto,
Num oceano bravio, encostas encarpadas,
Silencio , horror, medo e turbilhão de paixões que me arrastam,
Frieza, açoites na cara, colocam-me mascaras, apedrejam-me e sou banido do meu habitat,
Eu que nadei num oceano repleto de feras, ferocidades, austeridades, incertezas, cavernas e canibais,
Encontro-me roto, maltrapilho, alma em andrajos, restando –me o horizonte avermelhado, sangue da natureza brindando-me mais um fim de dia, começo da noite, meus pesadelos e ainda assim uma imensa vontade de viver, viver.........., eternamente viver.