Na hora da morte
Somos todos plenos
E tão pequenos
Repletos de silêncio
E esquecimento
Na hora da morte
Somos o vazio
Tristes como uma sombra
Somos todos frios
Sem nenhum fogo eterno
Na hora da morte
Somos todos vãos
Como qualquer esperança
E inúteis como qualquer lembrança
Na hora da morte
Somos crianças
No colo de Deus
No leito do tempo
No fundo da eternidade
Na hora da morte
Somos só o que acaba
E nada do que nos resta
Que nos leve nessa estrada
Na hora da morte
Somos só adeus
Mas estamos vivos
E não é a hora da morte
Só um amor que morreu
E levou parte da vida
De tudo o que não sou eu
E na janela de repente
Uma dia amanheceu
Trazendo ainda mais vida
Mas não assim tão plena
Foi só um amor
Que morreu
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 26/10/2009
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T1887120
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