Tem amar na palavra amargura
Mas não tem amor em amargor
Tem amar, mas é amargo
Amar às duras penas
Uma vida que se leva precariamente
Armadura que não protege a alma
Amargor que é assim um tempero
Da angústia e da dor, que respiramos
E da tristeza que exalamos
Tem exagero na palavra sofrimento
Quem sofre tanto por amor?
Quem chora muito por amor?
Quem morre por amor?
Quem abre o peito?
E rompe o ventre e perde a alma?
Tem aspereza nesse desabrimento
Tem mágoa, acridez
Rudeza e azedume
Mas nenhum sentimento
Amargura
Armadura que me mantém vivo
Amargor
Remédio certo para minha dor
O infortúnio trouxe o desastre
Que me trouxe essa amargura
E não percebi quando veio
A angústia veio morar em minha alma
E toda a tristeza do mundo
Invadiu o meu peito
E mudou a cor do meu ser
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 25/10/2009
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T1886953
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