Neo-Soneto de Vexame
Não querida, não olhe para mim.
Por favor, não vire os olhos agora!
Não quero que você me veja assim
Em sua mente, se 'cê for embora.
Não quero que sua última lembrança
De mim seja essa forma podre, imunda.
Embora eu saiba que perdoar cansa,
Peço perdão, com tristeza profunda.
Muitos são os erros que cometi
E é certo que outros eu cometeria;
Então prefiro me afastar de ti
Para que não lhe tire mais a alegria.
Pois, para poder ver você sorrir
Saiba que até para o inferno eu iria.
[Mas, por favor, não me peça para ir]
William G. Sampaio [3/10/09]