Essa tal felicidade...
elisasantos
Bruma onde mora a lembrança
sem telhado de esperança,
abre portas ao norte e a sorte
recolhida canta a morte...
Em redes de amargura tecem-se
dias de clausura, ressoam, descansando
os telegramas, o ir e vir ao porvir
atados bem-te-vis, fingem não enxergar.
Sem presente ou passado que argumente
o futuro indigente, sem chave, retorna
e invade, o hoje traceja a imagem
dessa tal felicidade que não quer me visitar.