Apanhador de Ilusões
Na onda, na ronda do verso,
Que vaga de botequim em botequim
Elejo meu reverso, meu horizonte,
Ansiando um poeta por traz das lentes,
A musa em transparentes tecidos!
Do reflexo do aço,
Por vezes um destino dolorido,
Brincando com a solidão,
Encontrando no silêncio,
Uma forma de navegar, recomeçar!
A pena treme,
Calo-me diante das palavras
Que escorrem e discorrem
Em minha face, pequena,
Meu tributo aos deuses!
Na mesa, no papel sob a luz
Conduzo-me pela noite,
A mais uma alvorada,
Mais uma poesia semeada, na emoção,
Na dor de um apanhador de ilusões!
Auber Fioravante Júnior
14/10/2009
Porto Alegre - RS