Atum na encruzilhada
Atum na encruzilhada
Um norte para quem inventou as escolhas erradas
Uma saída de emergência para a melhor situação do mundo
A vivência às vezes faz um bem pra pele
E encontra ouvidos sedentos para que nos calemos
Quando atravessei o túnel da felicidade
Não sabia que era de graça
E o ouro que dei em tarde escura
Foi investido em armas brancas
A segunda-feira daquele dia de novembro azul
Encontrei aquela que seria a última sorte
E pisei em cima de mim mesmo para subir o último degrau
Quando adormeci em chance única
Acordei querendo vencer a nova dúvida
Acertei o relógio do tempo de acordo com o meu pessimismo
As aventuras que seguem após o encontro incomum
Navegam agora em outros risos
Torturam as visitas estranhas
E devoram a casa da vacina
O melhor agora seria o pior passado
Registrando os casos policias que se vendiam nas bancas
Levando o sabor da encruzilhada
Deixando de ser o mesmo feitiço que pegou a perna dos amputados
Surgiu então aquilo que chamavam de anti-misericordioso
Fez morada em sala grande perto do quarto dos fundos
Um lugar ou parte que combina cérebro e coração
Nada além de quem não deva merecer essas torturas
Só desculpas que elevam a alma doce escura
Foi pedido o novo voto e frustração
Um por um comprou o sarro
Estendeu a mão em curvas
E saiu o meu legado.