Endossimbiose

Simbiótica mágoa do amado

Quem és tu, caçador ou caçado,

Dispnéia altruísta em vão?

Não puderas chacinar a veia,

Hemorragizar a quem ti odeia

E juntar-te ao sangue no chão?

Pois não! Não quiseras ser excreta

A atroz endócrina secreta

Preferira encarcerar-lhe a alma.

Já jogado o deletério ao ventre

Urticante, dentre tripas entre

Obnóxio ao efetuar do trauma.

O beijo à boca, a faca ao baço

O amor de leydig inescasso

A alva nódoa fora ressurgida.

A cada lapso, já sem memória

A cada sístole, esternutatória

E a cada sopro, se foi a vida.