Caminhos sem fim

Caminhos infindos

Que percorro.

Gostaria de derramar

Lágrimas sobre eles

Mas, não posso.

A solidão

Enxugou-me os olhos.

O coração ainda bate

Porque ainda quer

Viver a vida a ter sonhos!

Caminhos de pedra

Aos altos e baixos

E ando sobre eles

De pés descalços.

A dor, experimento-a

Mas, é como se não a sentisse

Porque a solidão há

E faz cessar o que persiste.

Os meus olhos

São turvos,

Sem coloração, talvez

Alma cheia de trevas

Destes caminhos infindos

Que me fizeste esquecer o valor

Da importância de um olhar.

Ao toque

Não muito sensível sou

Por que existir estímulo

Se mais cedo ou mais tarde

Tudo terminará, então?

Ouço ruídos

Suaves sons remotos

De condenação

De rejeição à felicidade

Que tenciono alcançar.

Em cada caminho

Por cada estrada

Mil labirintos

Que me tiram da ordem

E me priva da respiração

A cada passo descalço que dou.

Curvas e circunferências sem fim

E, no entanto

Os sonhos deixaram de existir!

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 08/10/2009
Código do texto: T1855659
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