Estranha Mulher
Não é louca nem amável
Tem um quê estranho
´ Até uma mobilidade inquieta
Pronuncia as palavras com muita clareza
Parece que gosta de impostar a voz
Como defesa de complexos adquiridos
Respira riqueza e pobreza
Para se situar no mundo dos poderosos
E pegar carona no mundo dos humildes
Não é fria
Ou, quem sabe, dissimulada
Às vezes, correm-lhe lágrimas da face
Formando rios tortuosos
Como tortuosa é sua vida
Uma vida dolorosa
Sem quê pra quê
Outrora acalentou a esperança
A esperança do filho que não veio
Do amor que não teve
Do rumo que perdeu
Às vezes, parece criança carente
Em busca do brinquedo desejado
Mas o olhar é duro e triste
E vagueia pelo espaço do amanhã
Amanhã turvo e incerto
Que naufraga no infinito da dor
Não é louca nem amável
Tem um quê estranho
´ Até uma mobilidade inquieta
Pronuncia as palavras com muita clareza
Parece que gosta de impostar a voz
Como defesa de complexos adquiridos
Respira riqueza e pobreza
Para se situar no mundo dos poderosos
E pegar carona no mundo dos humildes
Não é fria
Ou, quem sabe, dissimulada
Às vezes, correm-lhe lágrimas da face
Formando rios tortuosos
Como tortuosa é sua vida
Uma vida dolorosa
Sem quê pra quê
Outrora acalentou a esperança
A esperança do filho que não veio
Do amor que não teve
Do rumo que perdeu
Às vezes, parece criança carente
Em busca do brinquedo desejado
Mas o olhar é duro e triste
E vagueia pelo espaço do amanhã
Amanhã turvo e incerto
Que naufraga no infinito da dor