Espasmos
Espasmos
Eu corri tanto para chegar a tua língua
Despedacei paredes mais frágeis do que o ar
Esmurrei a minha raiva e acabei ficando louco
Deixei de ser altruísta
Deixei de ser aquilo
Eu fiquei parado tanto para ouvir quanto para crescer
Esmurrei a minha raiva e acabei ficando louco...
Decidi, amanhã não volto ao ciclo vicioso
Nem tolero o seu café da manhã em migalhas
Eu não vivi tanto para escorrer em teus abraços
E perder o sinal de pulsação do estomago
Eu permaneci alheio a tudo o que sofresse
Para viver atento a tudo o que faltasse
Eu me despi tanto que entalei em teu conceito
Me vi em maus lençóis de uma alvura implacável
Cidade pequena, não?
Coisa pequena.
Eu corri tanto que agora estou em rodas
Distante da alegria de sentir o cansaço do mal não estar
Perto da tristeza de olhar para os pássaros que carregam as nossas cores
E lembram os nossos filmes.
Rodas.
Filmes.
Rodas.
Cores.
Espasmos.