SINTO PENA DE MIM
Naquela noite, o vazio da solidão
Enfraqueceu meu enlutado coração.
Perambulei taciturno pela deserta praia.
Zombando de mim,
O mar espumava desaforo
Regurgitando o indesejável lodo.
A brisa acompanhada por cativante frescor,
Tomou chegada, tentando avivar
A mortalha que hospedava meu ser;
Não quedei frente à gentileza.
A escuridão preenchia-me de lembranças,
E me fazia reviver momentos desagradáveis:
O barco distanciando-se,
Seus dedos datilografando o ar
Num adeus que me desistiu de esperança.
Meus olhos lacrimosos,
Fotografaram o exato momento do rompimento.
Tudo era perda e a vida perdia o sentido.
Naquele infortunado e desorientado momento,
Feito anjo que perdera a bússola,
Vi o meu “eu” se maltratar,
Incorrendo num “estar-se fenecendo”.
Nunca mais, o nunca foi menos ruim.
Até hoje padeço,
Mas, atualmente não sinto pena de mim.
Naquela noite, o vazio da solidão
Enfraqueceu meu enlutado coração.
Perambulei taciturno pela deserta praia.
Zombando de mim,
O mar espumava desaforo
Regurgitando o indesejável lodo.
A brisa acompanhada por cativante frescor,
Tomou chegada, tentando avivar
A mortalha que hospedava meu ser;
Não quedei frente à gentileza.
A escuridão preenchia-me de lembranças,
E me fazia reviver momentos desagradáveis:
O barco distanciando-se,
Seus dedos datilografando o ar
Num adeus que me desistiu de esperança.
Meus olhos lacrimosos,
Fotografaram o exato momento do rompimento.
Tudo era perda e a vida perdia o sentido.
Naquele infortunado e desorientado momento,
Feito anjo que perdera a bússola,
Vi o meu “eu” se maltratar,
Incorrendo num “estar-se fenecendo”.
Nunca mais, o nunca foi menos ruim.
Até hoje padeço,
Mas, atualmente não sinto pena de mim.