Infância de Solidão

Nascida, mas não desejada

simplesmente aceita.

Aquela que veio amais,

ao menos era perfeita.

Criança nada bonita,

com niguém se parecia.

De oito meses nascida,

pobre criança esquisita.

Sempre preterida,

quase sempre esquecida.

Quem quer para passeio

a criança esquisita.

De tão magra diziam..

essa criança não vinga.

A pobre criança calada,

pelos cantos tudo ouvia.

No coração da criança..

a solidão crescia.

Sempre deixada sozinha...

a vida ela temia.

A criança cresceu..

o medo ela perdeu.

A vida ela enfrenta...

ou pelo menos tenta.

Quer deixar de ser preterida,

deixar de lado a solidão.

Passar a ser a preferida

encher de amor seu coração.

A esperança ela não perde,

de um dia ser amada.

Deixar a solidão no passado..

de sua infância amarga.