SEM PLATÉIA

Clara da Costa

Como o palhaço,

vamos vivendo,

muitas vezes, quase morrendo,

equilibrando-se no picadeiro,

no centro do palco.

Vamos dando rasteiras na tristeza,

chutando saudades,

derramando versos que falam de amor

acreditando sempre num mundo,

onde reinará a paz.

Mas...

na solidão do quarto,

do silêncio das madrugadas,

como o palhaço que sai do palco,

choramos...

sem platéia.

Pipa/RN

29.09.09

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 29/09/2009
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