NUMA NOITE FRIA

Estranho vulto que caminhava
pela rua, na madrugada sombria,
de cabeça baixa, devagar andava
na noite longa, que não amanhecia.

Somente sua imagem, perambulava
mais ninguém, na região existia,
vulto que o silêncio da noite amparava
que a neblina,também encobria.

Será que lá em cima a lua perguntava,
o que será que nessa friagem fazia?
Por que o frio dessa noite enfrentava,
uma estrela, saber, também queria.

Horas depois, na rua já não estava
a imagem solitária, da rua desaparecia,
em um silencioso quartinho entrava
para terminar de escrever, essa poesia.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 29/09/2009
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