O prisioneiro de mim mesmo
Noite e dia
Gritos de horror
acordo de madrugada
Urino meus medos
na privada suja de minha eterna prisão sem muros
Sou um condenado
desde aquela época
em que eu morava em um ventre
Meus inimigos estão sempre á minha volta
mesmo que eu nunca tenha visto seus rostos
Não paro de chorar
lágrimas petrificadas
mesmo que eu saia , em condicional
Vou continuar preso
Entre 4 paredes frias
e um navio, que me leva á lugar nenhum
Vou morrer um dia
e tenho certeza...que minha lápide é que vai
ganhar muito dinheiro com isso.
Mas enquanto espero meu fim bater na porta deste quarto
dominado pelas sombras... vou continuar comendo o pão duro
das minhas loucuras.