Roubei-me
Estrada pra caminhar, uma vida pra se explorar,
E tudo tão quieto, parece que o desanimo vai me vencer,
É como se tivesse pra acabar, uma vida, que nem pode começar,
Eu do lado de cá, é a vida do lado de lá,
Se olhando, cara a cara, sem coragem de lutar,
Não posso culpar ninguém, fui eu quem me recusei,
Joguei-me no escuro, abandonando-me sem pensar,
Desistir, deixei me levar, sem rumo,
Agora simplesmente, não sei me encontrar,
É que, eu mesma me roubei,
Onde estou? Como me procurar,
Quando já não se pode mais encontrar,
Olho o céu, e vejo que a lua, mais uma vez saiu,
E eu, mais uma vez, me recuso,
Recolho-me, para não ver tanta solidão,
Queria aquela vida, que eu mesma me roubei,
Onde procurar, eu já não sei,
Nada a fazer, a não ser, desistir,
Nada ira me fazer, recuperar aquilo, que ao me roubar, eu perdi;
Roubei-me o tempo, e perdi uma vida.
Daiane Garcia*eumesma
12 de dezembro de 2008